Apresentação
SEJA BEM-VINDO À NOVA PÁGINA DO NÚCLEO DE DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA “HONÓRIO DE SOUZA CARNEIRO”
Depois de um tempo fora do ar por problemas técnicos, a página do NDH na internet volta com novo visual e com novidades no acervo.
Logo teremos mais novidades comemorativas dos 40 anos do NDH.
O objetivo deste site é servir aos pesquisadores em história e áreas afins, bem como aos demais interessados em história social, política e econômica de Três Lagoas e da região do Alto Paraná.
Aqui o pesquisador terá informações dos diversos tipos de documentos que compõem o NDH e que são constituídos, entre outros, de arquivos textuais, coleções, periódicos, arquivos sonoros e iconográficos.
110 DE TRÊS LAGOAS – 42 ANOS DE NDH
Estação ferroviária – década de 1960
Dia 15 de junho o município de Três Lagoas completa 110 anos de emancipação político-administrativa. Parte dessa história pode ser contada por meio do acervo documental do Núcleo de Documentação Histórica “Honório de Souza Carneiro”, criado em 1983 pelo Curso de História da UFMS.
São fotos, vídeos, documentos oficiais da antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, da Prefeitura Municipal, fontes de movimentos sociais como o Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor, Comissão Pastoral da Terra, de sindicatos e de pessoas comuns moradoras do município.
Por meio dessas fontes, de livros e de documentos de outros arquivos, como da Cúria Diocesana e do Arquivo Público do Estado de Mato Grosso, historiadores e historiadoras têm revelado muitas histórias para além da data oficial (1915). Histórias da existência de indígenas Panará, Kayapó e Ofaié desde o século XVII, da passagem de bandeirantes e monçoeiros nos séculos XVII e XVIII, dos sertanistas colonizadores dos séculos XIX e XX.
As pesquisas desvelam, também, histórias dos séculos XX e XXI, da formação do núcleo urbano a partir da NOB, da barragem de Jupiá, das olarias, das indústrias, do comércio e das diversas formas de produção material.
Nessas histórias se destacam trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade que produzem a cidade e lutam para existir: peões de fazenda, sitiantes, camponeses, oleiros, pescadores, ferroviários, barrageiros, eletricitários, carvoeiros, comerciários, operários, faxineiras, empregadas domésticas… Profissionais que nem sempre encontram espaço na cidade, seja para trabalhar ou para morar, mas que lutam pelo emprego, por salário, por melhores condições de trabalho, por educação, saúde e moradia.
Vila dos ferroviários – Agosto de 2011
Muitos bairros da cidade foram criados a partir da ocupação autônoma desses e dessas trabalhadoras. Assim como no meio rural, em um município excludente em que impera o latifúndio e o monocultivo, o acesso à terra veio da luta dessas pessoas para a constituição de assentamentos.
Essa história viva, vivida por homens, mulheres e crianças, é permanentemente escrita e reescrita. Este é o ofício do historiador que tem no NDH um lugar de preservação dos vestígios deixados e ainda produzidos por moradores desses sertões.
Exemplo de uma boa história de Três Lagoas é o livro de Nadir Domingues Mendonça, lançado em 2022 pela Editora da UFMS e selo NDH.
No formato e-book e gratuito.
