Acervo

Biblioteca NDH

O NDH possui uma biblioteca com cerca de 2 mil volumes que serve aos alunos e às alunas do Curso de História e consulentes diversos. As obras são originárias de doações de docentes aposentados e aposentadas, de docentes da ativa, bem como de diversas instituições e pessoas.

Na biblioteca do NDH está o acervo bibliográfico do Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor, analisado em pesquisa de Iniciação Científica [Leia aqui]

Linhas de Acervo
As linhas de acervo existentes no Núcleo de Documentação Histórica “Honório de Souza Carneiro” foram se constituindo ao longo dos trabalhos desenvolvidos pelos docentes do Curso de História e por doações, não se tratando de uma definição a priori. Na reorganização do acervo documental, iniciada em 2006, houve a preocupação em agrupar os diversos arquivos e coleções existentes em Linhas de Acervo, o que permite otimizar os trabalhos do Núcleo, tanto em termos de tratamento documental, como no sentido de novas aquisições e ampliações do mesmo.

As linhas de acervo existentes no Núcleo são História local e regional, Movimentos sociais e Memória universitária. Os arquivos e coleções que constituem cada uma delas são os seguintes:

História local e regional
Grupos:
– Imprensa
– Rede Ferroviária Federal S.A / Noroeste do Brasil
– Barrageiros
– Prefeitura Municipal de Três Lagoas
– Arquivo fotográfico
– Arquivo pessoal

Movimentos sociais
Grupos:
– Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor (Fundo Giancarlo Oliveri)
– Comissão Pastoral da Terra
– Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul
– Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas e Selvíria
– Partido dos Trabalhadores

Memória universitária
Grupos:
– Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
– Corpo Docente de História

Arquivo da Palavra
Constituído por documentação oral e audiovisual, reúne fontes que podem ser consideradas como integrantes das três linhas de acervo existentes no Núcleo.

GUIA DO ACERVO
A descrição dos grupos, coleções e fundos foi realizada de acordo com os dados prescritos na ISAD-G – Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística. O ítem “instrumentos de pesquisa” dá acesso ao catálogo com uma descrição mais densa e com a localização do documento no arquivo. Alguns grupos não possuem instrumento de busca, por estarem em processo de catalogação, no entanto, estão abertos à consulta, mesmo considerando a dificuldade de se trabalhar com documentação não catalogada.

:: Periódicos
:: Rede Ferroviária Federal S/A, Superintendência Regional 10, Noroeste do Brasil
:: Barrageiros
:: Prefeitura Municipal de Três lagoas
:: Arquivo fotográfico
:: Arquivo pessoal
:: Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor – “Giancarlo Oliveri”
:: Comissão Pastoral da Terra
:: Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Baurú e Mato Grosso do Sul
:: Sindicato dos Trabalhadores em educação de Três Lagoas e Selviria
:: Partido dos Trabalhadores
:: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
:: Corpo Docente de História
:: Arquivo da Palavra
:: Discoteca Excel ou PDF
:: Ofaié – Ataíde Xehitâ-ha / descrição do acervo

:: Chancelaria da Cúria Diocesana de Três Lagoas [sob a guarda da Chancelaria]

1 – COLEÇÃO DE PERIÓDICOS
A coleção de periódicos (jornais e revistas) é constituída por doações de particulares e empresas. São periódicos desde a década de 1950 até 2011. Em sua maioria são jornais locais e regionais, arquivados em pasta poliondas, intercalados com papel neutro. A coleção é composta, também, de revistas magazine de âmbito nacional e regional.

A lista a seguir apresenta o título, notas de título (quando houver), local de publicação e a primeira e última datas de publicação do respectivo exemplar existente no acervo. Cada arquivo possui um link com a ficha descritiva do periódico.

Revistas

  • ADUSP: Associação dos Docentes da USP- Seção Sindical da Andes- SN; 01/05/2003;

  • AFI- Atualidades Forenses e Interioranas: É uma revista a serviço da justiça e do interior brasileiro. Criada com amor para o desenvolvimento do país; 01/02/1981 a 01/12/1982;
  • Atenção; 1995-1996.
  • Bolsão Matogrossense; 01/01/1978 a 01/04/1978;
  • Banas: controle da qualidade; 1998
  • Cadência: Revista de Bauru para a Região, Noroeste, Mato Grosso e o Brasil; Junho S/D;
  • Cadernos do Terceiro Mundo: Publicação com informação e análise das realidades e aspirações dos países emergentes; 01/05/1988 a 01/03/1995;
  • Caros Amigos; 01/11/1997 a 01/05/2005;
  • Carta Capital; 2009.
  • Cespaulina; 1978.
  • Ciência hoje; 1984.
  • Clássicos do cinema (Os); números 0 e 1.
  • CNI: Indústria e produtividade; 1998.
  • Coleção o grande desafio USA, URSS; números 1, 2 e 3.
  • Coyote; 2003; 2007.
  • Crítica Social: Crítica Social é um suplemento trimestral da Revista Nação publicada pela ADIA; 01/03/2003;
  • Enciclopédia Bloch; 01/05/1967 a 01/10/1972;
  • Época; 01/06/1993 a 01/10/2001;
  • Exame; 10/06/1992 a 24/01/2001;
  • Expressão: Revista do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública; 01/03/1998 a 01/10/1998;
  • Geográfica Universal: Publicação mensal para informação e cultura; 01/01/1975 a 01/02/1991;
  • Globo ciência; 1995-1996.
  • Grifo; 01/06/1979;
  • Impacto: Anuário dos municípios de Mato Grosso do Sul; 01/01/1981;
  • INFO; 01/07/2000;
  • Interior: Revista bimestral do Ministério do Interior; 01/11/1977 a 01/06/1985;
  • Intrigante; nº 3.
  • Isto É; 26/11/1997 a 31/12/1997;
  • La Educacion en Nuestras Manos: Revista Pedagogica de los Trabajadores de La Educacion; 01/04/2003;
  • Latinoamérica Internacional: Revista Pedagogica de los Trabajadores de La Educacion; 01/06/1993 a 01/09/1993;
  • Leia: Revista Regional de Mato Grosso do Sul; 01/12/1998 a 01/02/2000;
  • Manchete; 04/12/1976 a 16/05/1981;
  • Metrópole; 01/03/1998 a 01/02/2000;
  • Mocidade; 01/05/1998 a 01/11/1990;
  • Momento; nº 20 1998.
  • MS Cultura: Uma publicação da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul; 01/09/1985 a 01/03/1987;
  • Mundo jovem: um jornal de ideias; nº 294, 1999.
  • Nova cosmopolitan: a revista de informação da mulher; 1978-1990.
  • O Correio Unesco: uma janela aberta sobre o mundo; 1973-1979.
  • O Cruzeiro; 1972-1974.
  • O passo: destinada a neoleitores do Mobral; 1973.
  • Pais e filhos; 1971.
  • Planeta; 1991; 1999.
  • Porantim: Em defesa da causa indígena; 01/05/2006 a 01/09/2006;
  • Psicologia atual; nº 5.
  • Qualimetria; 1998.
  • Quatro Rodas; 01/05/1964 a 01/08/1989;
  • Realidade: Uma publicação da Editora Abril; 05/1966 a 06/1991.
  • Revista cavacos; 2000.
  • Revista de comunicação; 1985.
  • Revista do Brasil; 2006; 2007.
  • Sem Terra; 01/07/1997 a 01/06/2003;
  • Super interessante; 1996.
  • Tempo e Presença: Revista Bimestral do CEDI; 01/09/1991 a 01/10/1991;
  • Teoria & Debate: Revista trimestral do Partido dos Trabalhadores; 01/06/1988;
  • VEJA; 01/11/1977 a 01/04/2006;
  • Vida e saúde; 1983-1993.
  • Visão; 06/12/1982 a 14/03/1983;

Controle da descrição: Aline Alves Bertuci, Cássia Queiroz da Silva, Renan Gonçalves Bressan, Renata Lopes Maia, Thalita da Silva Gonçalves, Thais Aparecida Alencar Gonçalves e Nelson Jose Chiericci Junior.

Data da descrição: Junho de 2007.

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2 – Rede Ferroviária Federal S/A, Superintendência Regional 10, Noroeste do Brasil

Identificação: Rede Ferroviária Federal S/A, Superintendência Regional 10, Noroeste do Brasil

Código: NOB

Datas – limite: A data inicial é marcada pelas fichas funcionais, preenchidas em 1935, com registro de admissão iniciado em 01/01/1916. A data final é de documentação produzida pela concessionária Novo Oeste, em 1999.

Dimensão e suportes: 23 metros lineares e cerca de 3.040 fichas funcionais.

Produtores/Colecionadores: Rede Ferroviária Federal S/A, Superintendência Regional-10, Concessionária Novo Oeste, Estação Ferroviária de Três Lagoas.

Histórico: Após diversos projetos ferroviários de ligação de Mato Grosso ao centro do país, elaborados desde a segunda metade do século XIX, “Em junho de 1904 foi fundada no Rio de Janeiro a empresa denominada Companhia de Estradas de Ferro Noroeste do Brasil, com o expresso objetivo de construir a via Uberaba-Coxim, mediante a aquisição da concessão até então pertencente ao Banco União de S. Paulo. A concessão foi de fato transferida à nova Companhia, mas o traçado previsto para a via férrea foi inteiramente alterado ainda em 1904: embora aproveitando a mesma concessão, a estrada de ferro que seria agora construída partiria de Bauru e iria até Cuiabá, capital de Mato Grosso, passando por Itapura (localidade situada à margem direita do Rio Tietê, pouco antes de sua foz no Rio Paraná). Em novembro do mesmo ano iniciaram-se os estudos exploratórios da linha, e os trabalhos propriamente de construção começaram em julho de 1905, em Bauru, de modo que em setembro de 1906, em festiva solenidade, foram entregues ao tráfego provisório os primeiros 48 km da via”.

“Contudo, a ponta dos trilhos estava ainda em território paulista quando, em abril de 1907, o governo federal determinou a mudança do ponto final a ser atingido – o qual (…) passa a ser Corumbá (cidade sul-mato-grossense situada na margem direita do Rio Paraguai e nas proximidades da fronteira com a Bolívia)”. Com o Decreto nº 6.899, de 24 de março de 1908, no lugar da antiga Bauru-Cuiabá passariam a existir duas estradas independentes: a primeira, em território paulista, seria a E. F. Bauru-Itapura, e a segunda, em sua maior parte em território mato-grossense, seria a E. F. Itapura-Corumbá.

“Na Bauru-Itapura os trabalhos prosseguiram, a despeito da resistência dos Kaingang. A construção da Itapura-Corumbá seria atacada, por sua vez, pelas duas extremidades, sendo que já em maio de 1908 as obras tiveram início a partir do território mato-grossense”.

Com o rompimento do contrato entre o governo federal e a Companhia Noroeste, em 1913, a União assumiu os trabalhos de conclusão da estrada: “Foi, portanto, já sob a administração federal que se efetivou, no fim de agosto de 1914, pouco a leste de Campo Grande (num ponto batizado precisamente com o nome de Ligação), a esperada junção entre as duas pontas de trilhos, sendo declarada aberta ao tráfego toda a linha entre Bauru e Porto Esperança”, onde ficou estacionada por mais de uma década.

A partir de fins da década de 1930 “seria iniciado o prolongamento da Estrada em direção a Corumbá – ao mesmo tempo em que se iniciava também a construção de um ramal que, partindo das imediações de Campo Grande, dirigiu-se a Ponta Porã, na fronteira com a República do Paraguai”.

“Em 1957 a Noroeste foi integrada à Rede Ferroviária Federal (RFFSA), e em 1996 voltou a ser operada por uma empresa privada, a saber, um consórcio formado exclusivamente por empresas estrangeiras e liderado pelo norte-americano Noel Group, que arrematou em leilão os direitos de arrendamento do tráfego e de utilização das instalações e equipamentos da velha ferrovia”.

A partir de 1996 o patrimônio cultural e arquitetônico da cidade de Três Lagoas, ligado à ferrovia, passou a sofrer a ação do tempo e do descaso dos órgãos governamentais e da iniciativa privada. Esta data marca o fim do transporte de passageiros entre o trecho Bauru-SP a Corumbá-MS e o início do abandono dos prédios das estações rurais, de partes das oficinas, da descaracterização das casas da vila dos ferroviários e da destruição de documentos vários da administração estatal da estrada.

Das centenas de trabalhadores empregados nas atividades do transporte ferroviário, em Três Lagoas, hoje apenas são mantidas algumas dezenas na manutenção da linha e no escritório de representação da empresa, na antiga estação ferroviária.

Fontes: QUEIRÓZ, P. R. C. Uma ferrovia entre dois mundos: A E. F. Noroeste do Brasil na primeira metade do século 20. Bauru: EDUSC; Campo Grande: UFMS, 2004.

Procedência: Com a privatização da antiga Noroeste do Brasil, em 1996, houve, por parte da concessionária Novo Oeste, o descarte de documentação da administração anterior. Um primeiro grupo de documentos chegou ao Núcleo de Documentação, em 2004, repassado por Adão Levorato, pessoa que buscava formar um museu ferroviário em Três Lagoas. Este tomou a iniciativa de entrar em contato com a coordenação do Núcleo no momento em que a administração da Novoeste estava preste a jogar os documentos no lixo. Em 2006, quando da aquisição da concessão pela América Latina Logística, chegou outro grupo documental composto por fichas funcionais de antigos trabalhadores, doado pelo funcionário responsável pela administração.

Data da Aquisição: 2004 e 2006

Conteúdo: Grupo Administrativo, subgrupos: circulares, memorandos, comunicados, ofícios, requisição de material, recortes de jornais, livro de visita, publicações, telegramas, boletim de serviço, boletim interno, resoluções e decretos. Grupo Recursos Humanos, subgrupos: fichas funcionais, relação de trabalhadores, livros-ponto, hora extra, memorandos, afastamento, ficha de transcrição de dados pessoais, comunicação de acidente de trabalho, controle de expediente, segurança no trabalho, acidente de trabalho, previdência social e saúde. Grupo Transporte, subgrupos: segurança, boletim de ocorrência, patrimonial, atas, mapeamento de controle de munição, bilheteria, material rodante, escala de plantão de segurança, tarifas, guia geral da Estrada de Ferro e boletim de trem.

Sistema de Classificação: Dividido em grupos e subgrupos, temáticos.

Idiomas: Português-BRA

Instrumentos de pesquisa: Relação do acervo com descrição de conteúdo, identificando grupos, subgrupos, séries e subséries.

Instrumento de pesquisa: Descrição das fichas funcionais da NOB – Artigo de Josiane Simão Silva, X Encontro de História do MS, ANPUH-MS, 2010.

Grupos relacionados: Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul; Prefeitura Municipal de Três Lagoas; Periódicos.

Acesso e Uso: Aberto a consulta, restringindo-se nos casos em que as fontes estão se deteriorando. Para alguns documentos é permitida a reprodução no local.

Controle da descrição: João Batista Lazarini, Juliana da Paz Bonfim, Fabiane Filgueiras Viana, Vitor Wagner Neto de Oliveira.

Data da descrição: Junho de 2007.

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3 – Barrageiros

Identificação: Barrageiros

Código: BAR

Datas – limite: 22/06/1963 – 25/01/1987

Dimensão e suportes: Jornais: 292 números, tablóide medindo 0,32cm x 0,22cm, com 8 páginas em média, arquivadas em pastas poliondas. Documentos reproduzidos da Biblioteca Pública Municipal de Ilha Solteira: 9 caixas arquivos ou 2 metros lineares.

Produtores/Colecionadores: Jornais: primeiramente foi produzido pela Administração da Vila Piloto, núcleo de moradia dos trabalhadores na construção da Usina Hidrelétrica de Jupiá, em Três Lagoas-MS. Posteriormente passou a ser produzido pela Seção de Comunicações, Assessoria aos Serviços Comunitários da Administração de Ilha Solteira, núcleo de moradia dos trabalhadores da construção da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira-SP. Foi doado por Mitsuro Oda, antigo funcionário administrativo da Usina de Ilha Solteira, na época da construção. Documentos reproduzidos: produzido pela Companhia Energética do Estado de São Paulo, Administração Especial de Ilha Solteira, sob a guarda da Biblioteca Municipal de Ilha Solteira.

Histórico: A construção da Usina do Jupiá iniciou-se na primeira metade da década de 1960 e finalizou-se no ano de 1970. Como projeto desenvolvido durante a ditadura militar, período marcado por obras faraônicas, a Usina Hidrelétrica do Jupiá é eficaz em termos de geração de energia, apesar da destruição ambiental causada pela grande área alagada. Entre as três maiores usinas hidrelétricas do Brasil, perde somente para a Usina hidrelétrica de Itaipu.
Jupiá era a primeira etapa do Complexo Hidrelétrico Urubupungá que contava ainda com a construção da usina de Ilha Solteira (iniciada em 1969) e de Três Irmãos (iniciada no final da década de 1980).
O projeto previu a construção de vilas e cidades para alojar os trabalhadores. Assim nasceu a Vila Piloto, na cidade de Três Lagoas-MS, a Vila dos Operadores, em Castilho-SP e a construção planejada da cidade de Ilha Solteira-SP com cerca de 30 mil habitantes.

Esses projetos foram impactantes na vida das pessoas que habitavam a região. No caso de Três Lagoas, os barrageiros passaram a constituir um tipo de trabalhador qualitativamente diferenciado do restante, sobretudo se comparados aos ferroviários, outra categoria numerosa na cidade.

As diferenças foram acentuadas em vista das características dos núcleos urbanos da Vila Piloto e da Vila dos Operadores: o primeiro, com cerca de 14 mil habitantes, fora implantado distante do centro urbano de Três Lagoas, contando com hospital, escola e outras estruturas que o tornava independente da relação com a comunidade treslagoense, levando a uma segregação espacial e também administrativa em vista de ser controlado pela própria empresa construtora da Usina de Jupiá e pelo fato de seus moradores serem “tutelados” pela administração; o segundo núcleo fora construído em forma de condomínio rural para servir aos operadores da Usina de Jupiá, aos engenheiros e aos técnicos especializados, com padrão salarial muito acima da média dos trabalhadores da região.

O jornal S.E.U. (Sociedade Esportiva Urubupungá), principal conjunto documental do grupo Barrageiros, foi o primeiro jornal criado como instrumento informativo dos trabalhadores de Jupiá, administrado pela sociedade esportiva, e editado pelo setor de estudos e pesquisas da administração da Vila Piloto e impresso na gráfica Vitória em Andradina (São Paulo), com uma tiragem inicial de dois mil exemplares, era distribuído quinzenalmente aos moradores da Vila Piloto.

Com um caráter informativo do cotidiano dos trabalhadores, o jornal não noticia os acontecimentos políticos do país, no período da ditadura militar. É interessante observar que o jornal não se manifesta com o período marcado pelo autoritarismo, supressão dos direitos constitucionais, perseguição policial e militar, prisão e tortura dos opositores e pela censura prévia aos meios de comunicação.

O jornal S.E.U. existiu até no final de 1966, com o mesmo padrão jornalístico de entretenimento, ou seja, notícias escolares, esportivas, festas, anúncios referentes às obras de Jupiá e o crescimento da Vila Piloto. Já em 1967, o jornal passa a se chamar O barrageiro, em referência à categoria operária da construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Jupiá.

Com as obras da hidrelétrica a todo vapor o jornal O barrageiro, em meados de 1967, passa a editar quatro mil exemplares. No final de 1967 chega a cinco mil exemplares, distribuídos aos moradores da Vila Piloto e parte da população de Três Lagoas.
Em 1968, o jornal que nasceu para informar os trabalhadores passa a ter uma tiragem de seis mil exemplares. Já em 1969, a edição do jornal O barrageiro transferiu-se para o núcleo urbano de Ilha Solteira, uma das primeiras cidades planejadas do Brasil, fundado em 1968 para abrigar os trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Três Irmãos em São Paulo.

Assim, o jornal foi editado pela seção de comunicações, assessoria aos serviços comunitários, administração de Ilha Solteira e passou a ser impresso na editora Ilha Solteira Ltda, chegando a uma tiragem de oito mil exemplares. Em março de 1969, foram publicados, pela primeira vez, os nomes dos produtores e redatores do jornal: “diretor responsável Paulo Ribeiro, supervisor de redação Luiz N. de Souza, redator secretario José Auro V. Albuquerque, cop desk Antonio Correia Melo, Roberto T. Watanabe e Paulo Coutinho de Moura, fotógrafos José Célio P. de Campos e Ariovaldo Fornazari, e ilustrador Adelino Carlos Grave” (O barrageiro, 01/03/1969).

As noticias apresentadas pelo jornal apenas retratavam o cotidiano dos operários, festas e entretenimentos como a “Festa do bom Jesus em Três Lagoas” (O barrageiro, 20/06/1968), mas não relatavam, por exemplo, os acidentes de trabalho, que eram muito freqüentes durante a construção das usinas, bem como os descontentamentos dos trabalhadores, reivindicações, entre outros tipos de conflitos sociais
O jornal O barrageiro ao longo de sua existência foi lido por milhares de trabalhadores, alcançando seu apogeu na década de 1970, quando chegou a produzir oito mil exemplares semanais.

Procedência: Jornais: doado ao Núcleo de Documentação História em 1973, por Mitsuro Oda, antigo funcionário administrativo da Usina de Ilha Solteira. Documentos reproduzidos: parte da documentação produzida pela Administração Especial de Ilha Solteira, sob a guarda da Biblioteca Municipal de Ilha Solteira, foi reproduzida após autorização da Secretaria Municipal de Educação de Ilha Solteira, de fevereiro a maio de 2007.

Data da Aquisição: Jornais: 1973. Documentos reproduzidos: fevereiro a maio de 2007.

Conteúdo: Jornais: caráter informativo do cotidiano dos trabalhadores noticia festas, entretenimentos, esportes, eventos políticos e sociais. Documentos reproduzidos: relatórios administrativos da Administração Especial de Ilha Solteira; boletins informativos; pesquisa sócio-econômica.

Sistema de Classificação: Jornais: foram organizados a partir do número de edição e data, em ordem crescente. Documentos reproduzidos: organizados em ordem cronológica e divididos por subgrupos.
Idiomas:Português-BRA

Instrumentos de pesquisa: Relação do acervo com descrição de conteúdo, identificando grupos, subgrupos, séries e subséries. No caso dos jornais existem fichas de descrição sumária.

Jornal O Barrageiro: Ficha descritiva

Grupos relacionados: Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul; SINTED; Periódicos; Noroeste do Brasil.

Acesso e Uso: Aberto a consulta, restringindo-se nos casos em que as fontes estão se deteriorando. Para alguns documentos é permitida a reprodução no local.

Controle da descrição: Igor Fernando Tim e Vitor Wagner Neto de Oliveira.

Data da descrição: Junho de 2007.

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4 – Prefeitura Municipal de Três lagoas

Identificação: Prefeitura Municipal de Três lagoas 

Código: PMTL 

Datas – limite: 1978 – 2008 

Dimensão e suportes: 28 caixas arquivos ou 7 metros lineares. 

Produtores/Colecionadores: Secretarias municipais de Finanças, Cultura, Administração e Planejamento, e Procuradoria Jurídica.

Histórico: As notícias mais recuadas sobre a penetração da região que é hoje Três Lagoas, encontram-se nas narrativas dos bandeirantes, da segunda década do século XVIII, que relatam a existência dos índios caiapós: “Desde o século XVIII, movimentos humanos retiravam do isolamento a região sul do antigo Mato Grosso. Todavia, até o primeiro quartel do século XX, momento de um lento cisma com o sertão selvagem, a região, como todo o Oeste, permanecia inóspita. Nas primeiras décadas deste século [XX], as vilas e logo cidades, que surgiam ao longo dos trilhos da via férrea, uma após outra, empenhavam-se em sair da condição primitiva. Perturbando a lenta rotina, quebrando o ritmo do sertão, dos cerrados, levas de homens, mulheres em menor número, nordestinos, paulistas, mineiros, portugueses, sírio-libaneses, em marcha acorriam constantemente para o Oeste”.

O processo de urbanização de Três lagoas, no século XX, é marcado por três características: 1) Sua base econômica inicial era a pecuária, depois em coexistência com o comércio; 2) nasceu em 1913, a partir de um assentamento de trabalhadores da construção da Estrada de Ferro e se transformou em entreposto comercial entre o sertão e o eixo Rio-São Paulo; 3) a construção da Usina Hidrelétrica de Jupiá, entre os anos de 1961 e 1969, promoveu um impacto expressivo no crescimento urbano.

“Em 15 de junho de 1915, Três Lagoas foi desmembrada do município de Santana do Paranaíba, do qual era distrito. Surgiu, como vila, ‘ao silvo da locomotiva’, então, símbolo do progresso. Foi o primeiro povoado no Estado de Mato Grosso que se ergueu em decorrência da Estrada de Ferro Companhia da Noroeste. Seu ponto inicial era na cidade de Bauru, no Estado de São Paulo, interrompendo-se em Itapura. Foi no Km 33 da Noroeste, como a primeira estação férrea em território mato-grossense, que nasceu Três Lagoas”.

A construção da Usina Hidrelétrica de Jupiá, é parte do contexto das grandes obras de infraestrutura no Brasil das décadas de 1950 e 1960, quando se assiste a um salto na construção de usinas hidrelétricas que movimentavam recursos financeiros, materiais e humanos nunca vistos em cidades interioranas onde se localizavam rios com potenciais hidrelétricos. Os maiores projetos nesse sentido eram tocados no rio Paraná, nas divisas dos estados de São Paulo e Mato Grosso, por empresas estatais do estado de São Paulo unificadas em 1966 na Companhia Energética de São Paulo-CESP.

A cidade de Três Lagoas, localizada na região do Alto Paraná, foi diretamente atingida por um desses projetos. Em 1961 se iniciou a construção da barragem e da usina de Jupiá, no rio Paraná que divide as duas cidades, tornando-se um marco na história das grandes hidrelétricas, pois pela primeira vez no Brasil se barrava um rio do porte do Paraná. A construção atraiu grande número de trabalhadores provenientes de diversas regiões do país, alguns já com história de trabalho em barragens, daí a denominação de barrageiros.

Atualmente se intensifica o desenvolvimento industrial, baseado nos ramos de têxtil, metalurgia e celulose, motivado pelos benefícios fiscais e pela mão-de-obra barata, realidade que coloca outros desafios aos estudiosos das ciências humanas e sociais.

Fontes: MENDONÇA, N. D. A (des)construção das (des)ordens: poder e violência em Três Lagoas, 1915-1945. (Tese de Doutorado em História) São Paulo: FFLCH-USP, 1991.

Procedência: Prefeitura Municipal de Três Lagoas 

Data da Aquisição: década de 1990 e ano de 2008.

Conteúdo:
Grupo Finanças: Aviso de lançamentos e cobrança de débito; Grupo Educação e Cultura: Secretaria de Educação; protocolo de correspondência, entrega de correspondência; seção de obras públicas (1978; 1980; 1981; 1984); guia de recolhimento de atraso; oficio; memorando; Perfil sócio econômico da cidade de Três Lagoas; Grupo Departamento Jurídico: Leis e decretos; atas; correspondências recebidas e expedidas; legislação do IPEMAT; Grupo Recursos Humanos: Folhas de pagamento. Grupo Planejamento: Projeto de construção de residência; Grupo Administrativo:Protocolos; Correspondência interna; folha de ponto e requisição para abastecimento. 

Sistema de Classificação: Dividido em subgrupos temáticos. 

Idiomas: Português-BRA

Instrumentos de pesquisa: Relação do acervo com descrição de conteúdo, identificando grupos, subgrupos, séries e subséries.

Grupos relacionados: Noroeste do Brasil; Sindicato dos Ferroviários de Baurú e Mato Grosso do Sul.

Acesso e Uso: Aberto a consulta, restringindo-se nos casos em que as fontes estão se deteriorando. Para alguns documentos é permitida a reprodução no local.

Controle da descrição: Juliano Alves da Silva; Danilo de Souza Ferreira; Vitor Augusto de Oliveira Valentim e Vitor Wagner Neto de Oliveira.

 Data da descrição: Junho de 2007.

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 5 – Arquivo Fotográfico

Identificação: Fotografias

Código: ArFo
Datas – limite: Segunda década do seculo XX a 1997.
Dimensão e suportes: Contém 588 fotos, sendo 151 coloridas e 437 preto e branco, arquivadas em papel cartão neutro e pastas suspensas.
Produtores/Colecionadores: Ruth Máximo Filgueiras; Nazareth dos Reis; Honorio de Souza Carneiro e funcinários da UFMS.
Histórico: As fotos relacionadas ao prefeito João Dantas Filgueiras foram doadas por sua esposa dona Ruth Máximo Filgueiras, na decada de 1990. Fotos do Pontal do Faia doadas pelo professor Honorio de Souza Carneiro, em 1997. Fotos do trabalho de Cultura brasileira, doadas pelo professor Nazareth dos Reis, no ano de 2004. Fotos 3×4, dos funcionários da UFMS, foram destinadas pelo setor administrativo da Universidade.
Procedência: Por se tratar de um grupo documental diversificado no que se refere aos produtores e ou colecionadores, a procedência é igualmente diversa, doadas por particulares, em sua maioría, parentes de pessoas que ocuparam cargos públicos.
Data da Aquisição: década de 1990, 1997 e 2004.

Conteúdo: “Pioneiros”; eventos políticos; desfiles cívicos; teatro; esporte; obras públicas; demolições; panorâmicas; família; projetos acadêmicos.
Sistema de Classificação: As fotos estão enquadradas em papel cartão neutro, protegidas por filme plástico, arquivadas em pastas suspensas.

Instrumentos de pesquisa: clique aqui para descrição geral

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (clique aqui para descrição das pastas 01-07)

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Funcionários da UFMS (clique aqui para descrição da pasta 05)

Três Lagoas (clique aqui para descrição das pastas 08-10)

Barragem de Jupiá (clique aqui para descrição da pasta 11)

João Dantas Filgueiras (clique aqui para descrição das pastas 12-26)

João Dantas Filgueiras (clique aqui para descrição das pastas 27-41)

João Dantas Filgueiras (clique aqui para descrição das pastas 42-54)

IAJES – Série de fotos do Fundo IAJES (clique aqui para ver descrição)

Coleções/Fundos relacionados: Prefeitura Municipal de Três Lagoas; Periódicos.

Acesso e Uso: O acesso é livre para a maior parte do acervo, restringindo-se para alguns casos em que as fontes estão se deteriorando. Para a reprodução deve-se ter autorização específica.

Controle da descrição: Fermínia Ferreira Lima Favreto, Fernanda Amélia Leal Borges Duarte e Nelson Jose Chiericci Junior.

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6- Arquivo Pessoal

Identificação: Arquivo Pessoal

Código: PESSOAL

Datas – limite: 1880-1975.

Dimensão e suportes: 8 caixas arquivo.

Produtores: Pessoas da comunidade local (Três Lagoas e região).

Histórico: O grupo foi formado para dar conta da diversidade de pessoas da comunidade que doam documentos pessoais, recordações familiares e de atuação profissional. O Núcleo de Documentação desenvolve campanhas de sensibilização da comunidade para a preservação da história, nestas atividades surgem doadores, bem como as pessoas procuram o Núcleo para entrega de material. Este grupo contém um contrato de venda de escravo datado de 27 de novembro de 1880, documento de data mais recuada de todo o acervo do Núcleo de Documentação, doado pela professora do Departamento de Educação, Cheila Cristina Silva, que recebeu de seu irmão que, por sua vez, recolheu de um entulho de uma construção que estava sendo demolida na cidade do Rio de Janeiro. Isso exemplifica a diversidade na forma de recebimento de doações, bem como a origem dos documentos.

Procedência: Comunidade local.

Data da aquisição: De fluxo contínuo, desde 2007.

Conteúdo: Documentos pessoais; certificados; diplomas; revista Ferrovia; fotos de ferroviários; contrato de venda de escravo; passaporte, documentos e certidões de registro de imigrantes japoneses.

Sistema de classificação:

Idiomas: Português-BRA

Instrumentos de pesquisa: Relação do acervo com descrição de conteúdo, identificando subgrupos, séries e subséries.

Grupos relacionados: Prefeitura Municipal de Três Lagoas; Ferrovia Noroeste do Brasil; Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários; Arquivo da Palavra.

Acesso e uso: Aberto a consulta, restringindo-se nos casos em que as fontes estão se deteriorando.

Controle da descrição: Renan Gonçalves Bressan e Nelson Jose Chiericci Junior.

Data da descrição: Agosto de 2009

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7 – Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor – “Giancarlo Oliveri”.

Identificação: Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor – “Giancarlo Oliveri”.

Código: IAJES

Datas-limite: 1965 – 1996

Dimensão e Suporte: 4 arquivos de aço e 60 metros lineares de documentos em papel (manuscritos, livros editados, documentos datilografados, digitados, impressos, mimeografados, jornais, revistas, correspondências), fotografias, slides, filmes e fitas de áudio.

Produtores/Colecionadores: Os documentos foram produzidos e acumulados pela entidade eclesiástica IAJES (Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor), organizadora dos movimentos sociais da região de Andradina a partir dos anos 1970 e ainda por uma entidade organicamente relacionada ao IAJES, por afinidades de seus membros, o CEOC, de São Paulo.

Histórico: Inicialmente voltada para a assistência social do bairro da periferia da cidade de Andradina-SP, a partir dos anos1970 a entidade passou a ampliar suas atividades sociais em todos os bairros numa perspectiva menos assistencialista e mais combativa, como a organização e criação de movimentos populares – Movimento de Mulheres, Movimento de Bairros, Movimento Negro, Movimento pela Saúde, Sociedade Amigos de Bairros – e com a consolidação do papel sociopolítico das Comunidades Eclesiais de Base na periferia da cidade, na linha teológica da Libertação. A entidade promoveu um trabalho de conscientização sociopolítica na periferia da cidade junto com esses movimentos populares, bastante atuantes e interligados entre si, através do que chamou de educação popular libertadora. Experiências que alimentaram o crescimento do papel político da periferia e estabeleceram novas formas de atuação, como o Partido dos Trabalhadores, os Conselhos Municipais e muito mais.

Durante os anos em que atuou em Andradina e em rede com diversos outros movimentos por todo o país, o IAJES produziu e acumulou uma quantidade significativa de documentos e, para este fim, a instituição adquiriu material técnico de off-set, conhecimento técnico na área de produção de documentos e organização de arquivo por meio de cursos feitos em entidades especializadas e, em decorrência, um Centro de Documentação que prestava serviço aos movimentos e à população.

Com a crise dos movimentos populares da chamada Nova Esquerda, nos anos 1990, a entidade entrou em declínio e deixou de receber os investimentos das agências internacionais, o que dificultou a manutenção das atividades da entidade, das Comunidades Eclesiais de Base e dos próprios movimentos. Seu acervo foi removido dos antigos espaços da Igreja “Nossa Senhora das Graças”, cujos escritórios abrigavam as centrais de atividades e documentação, e o material foi alojado no barracão da cooperativa de pequenos produtores.

As condições precárias de alojamento da documentação da entidade IAJES sempre foram uma preocupação dos sujeitos que participaram da instituição e dos movimentos populares e, durante os três últimos anos (2003-2006), o acervo do IAJES passou a ser também uma preocupação dos intelectuais, a medida em que a pesquisa de mestrado “O grito abençoado da periferia” divulgou sua situação para o campo acadêmico. Nesse sentido, o contato entre o campo acadêmico e esses sujeitos foi feito por meio de visitas ao acervo e a alguns dos membros remanescentes do instituto, com perspectivas de integração e parcerias que pudessem levar a um caminho de preservação dessa documentação. No ano de 2006, o IAJES, que ainda mantém uma existência oficial para finalidades jurídicas, sofreu uma penalidade judicial que levou o terreno onde se encontra o galpão a leilão público. No mesmo ano, o Núcleo de Documentação Histórica “Honório de Souza Carneiro” pleiteou e logrou a fomentação de apoio e subsídios para um projeto de organização do acervo do Núcleo junto com a Fundação Getúlio Vargas. Nesse contexto, as relações entre a Universidade e os próprios sujeitos responsáveis pela documentação se estreitaram, com vias de garantir um destino digno e dinâmico às fontes do instituto com a urgência que a ordem dos acontecimentos judiciais pedia. A partir do mês de outubro do ano de 2006, professores e alunos da graduação passaram a trabalhar semanalmente na limpeza e separação da documentação no próprio galpão, em Andradina-SP, sob a forma de mutirões. O trabalho coletivo, que ainda contou com a participação direta dos membros do IAJES, se estendeu até o mês de dezembro daquele ano, quando finalmente toda a documentação foi transferida para Três Lagoas, na UFMS, já com um primeiro processo de catalogação que, embora primário, possibilitou o alojamento do acervo em melhores condições.

Fontes: OLIVEIRA, M. E. O grito abençoado da periferia: trajetórias e contradições do IAJES e dos movimentos populares na Andradina dos anos 1980. (Mestrado em História) Maringá: Departamento de Documentação Histórica, UEM, 2006.

Procedência: Barracão da cooperativa de pequenos produtores, sob a guarda do IAJES, em Andradina-SP.

Data da Aquisição: De outubro a dezembro de 2006.

Conteúdo: Nos diversos suportes documentais do grupo IAJES, encontram-se, sumariamente, os seguintes temas principais:

  • Discussões teóricas e práticas de experiências próprias e diversas de Movimentos Sociais;
  •  Material de Formação (Livros, Cadernos e impressos) para: Movimento de Mulheres, Movimento de Bairro, Movimento pela Saúde, Movimento Negro, Cooperativas, Sociedades Amigos de Bairros, grupos combativos;
  • Relatórios das atividades cotidianas do IAJES e dos Movimentos Populares;
  • Projetos de Fomentação para experiências alternativas de sustentabilidade a atuação de movimentos populares;
  • Material de divulgação das lutas sociais e políticas;
  • Material eclesiástico sobre as origens e as perspectivas da Teologia da Libertação;
  • Fotos e slides acerca das experiências vivenciadas pelo IAJES e pelos Movimentos;
  • Material de “Educação Popular” e “Formação Política”;
  • Material de produção de documentação;
  • Clippings com recortes de jornais regionais de forma temática;
  • Correspondências nacionais e internacionais que revelam a atuação em rede;
  • Filmes e material iconográfico de formação, informação e integração dos grupos sociais diversos;
  • Atas de reuniões e de estudos produzidos pela entidade;
  • Material de Cursos Profissionalizantes (Bordado Industrial);
  • Documentação da formação do Partido dos Trabalhadores em nível nacional e municipal.

Sistema de Classificação: O sistema de classificação adotado para este fundo procurou recuperar o sistema utilizado na origem do acervo, que outrora se constituiu enquanto Centro de Documentação.

Idiomas: Português – BRA; Espanhol – ESP, Espanhol – ESA; Espanhol – GUA; Italiano – ITA.

Instrumentos de pesquisa: TABELA 1   TABELA 2 – Relação do acervo com descrição de conteúdo, identificando grupos, subgrupos, séries e subséries.

Biblioteca IAJES: Relatório de Iniciação Científica que analisa o acervo bibliográfico do IAJES sob a guarda do NDH.

Fotos: Série de fotos do Fundo IAJES

Slides: Série de slides multimídias do Fundo IAJES

Grupos relacionados: Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul; Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas e Selvíria; Comissão Pastoral da Terra; Partido dos Trabalhadores; Arquivo da Palavra.

Publicações Relacionadas:

ALVES, M. IAJES: uma entidade em movimento. Lins: (TCC – Faculdade de Serviço Social de Lins). 1989.

BRENTAN, Marcelo Fernandes. IAJES: um olhar na Ditadura Militar (1964 a 1985), publicado nos Anais de XI Semana de História da UFMS, campus de Três Lagoas-MS, denominada “História e historiografia: perspectivas e desafios”, de 08 a12 de setembro de 2008. ISBN: 978-85-7613-158-8 

___________________.História Oral dos militantes do Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor (IAJES): subversão e resistência política no Alto Paraná, publicado nos Anais do “III Simpósio Internacional sobre Religiosidades, Diálogos Culturais e Hibridações”, de 21 a 24 de abril de 2009, na UFMS, cidade universitária em Campo Grande-MS.ISBN: 978-85-7613-195-3

___________________.O IAJES e a militância Católica sob a Ditadura Militar (1970-1985) na região do Alto Paraná, relatório final elaborado com os resultados da pesquisa, pela PIBIC-CNPq/ UFMS, publicado nos Anais, da XII Semana de História, intitulada  “Saberes históricos e a sala de aula: diálogos, convergências e divergências, de 14 a 17 de setembro de 2009, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, campus de Três Lagoas.

OLIVEIRA, M. E. O grito abençoado da periferia: trajetórias e contradições do IAJES e dos movimentos populares na Andradina dos anos 1980. Maringá, 2006. Dissertação Mestrado em História -Departamento de História, Universidade Estadual de Maringá. 296 p.

OLIVEIRA, M. E. Entre rezas e resistências: o político se reconfigurando a partir das experiências dos movimentos populares e  da atuação da Igreja nos anos 70 e 80. In: Revista Achegas.net. n°25, setembro/outubro 2005. ISSN 1677-8855. Acessível em: http://www.achegas.net/numero/vinteecinco/mariana_esteves_25.htm

OLIVEIRA, M. E. Experiências do Político: Histórias e trajetórias de movimentos populares do Iajes na Andradina dos anos 80. In: Semana De História 2005: O Ensino e a Pesquisa na Construção da História, 2006, Três Lagoas. ANAIS: O Ensino E A Pesquisa na Construção da História. Campo Grande : Editora UFMS, 2006. v. I. p. 181-197.

OLIVEIRA, M. E. “Política Em Movimento: Trajetórias E Contradições No Fazer-Se Político Dos Movimentos Populares Do Iajes Na Andradina Dos Anos 1980”. In: II Seminário Internacional de História: O espaço público: configuração de olhares, 2006, Maringá. Anais do II Seminário Internacional de História. Maringá : TAC Mutimídia, 2005. v. I.

OLIVEIRA, M. E. “Seo Zé e dona Maria entre Deus e Marx: A luta de Classes no Cotidiano de Enfrentamento, Orações e Comemorações nos Movimentos Populares dos anos 70 e 80”. In: XXIII Simpósio Nacional de História: História: Guerra e Paz, 2005, Londrina. Anais do XXIII Simpósio Nacional de História: História: Guerra e Paz [CD-ROM]. Londrina : Editorial Mídia, 2005. v. Único.

OLIVEIRA, M. E. “O IAJES no contexto dos movimentos populares da década de 1980: A experiência de Andradina”. In:VII Encontro Estadual de História do Mato Grosso do Sul Patrimônio Histórico e Cultural: Identidade e Poder, 2004, Campo Grande MS. Patrimônio Histórico e Cultural: Identidade e Poder. Campo Grande MS : MKT/UCDB, 2004.

OLIVEIRA, M. E. “Diálogos entre a história, as ciências sociais e a pesquisa empírica: para a compreensão dos movimentos sociais da Andradina da década de 1980”. In: II Seminário de Ciências Sociais. Discussões recentes sobre temas das ciências sociais, 2004, Maringá. II Seminário de Ciências Sociais. Discussões recentes sobre temas das ciências sociais. Maringá : Universidade Estadual de Maringá, 2004. v. unico. p. 98-100.

PEREIRA JR. H. (org). Giancarlo Oliveri: um homem chamado João. Andradina: Novas Formas Editorial, 2006.

Acesso e Uso: Aberto a consulta, restringindo-se nos casos em que as fontes estão se deteriorando. Para alguns documentos é permitida a reprodução no local.

Controle de Descrição: Mariana Esteves de Oliveira e Vitor Wagner Neto de Oliveira

Descritores: [Primeira fase] Loana Cristina Martins do Nascimento, Marciana Santiago de Oliveira, Marcos Sanches da Costa, Caio Vinicius dos Santos, Caroline Cassoli Goncalves. [Segunda fase] Amanda Alves de França, João Gabriel Batista de Souza, José Eduardo Rodrigues da Silva, Karen Rafaela Felipe Nogueira, Kennedy Macedo Quintino, Lohanny Marques Pereira, Lohanny Marques Pereira, Mariane Xavier Da Silva Santos Reis, Lohanny Marques Pereira, Lua Beatriz Luana Maciel.

Data da descrição: Maio de 2007 – dezembro de 2024

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8 – Comissão Pastoral da Terra

Identificação: Comissão Pastoral da Terra

Código: CPT

Datas – limite: 1977 – 2000.

Dimensão e suportes: 4 caixas arquivo (Impressos e mimeografados).

Produtores/Colecionadores: Comissão Pastoral da Terra e Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor.

Histórico: A criação da CPT em Três Lagoas coincide com a vinda do Bispo D. Izidoro Kosinski, em 1981, para assumir a condução pastoral da diocese. Neste período, já existia a CPT no Mato Grosso do Sul. Preocupado em dinamizar a Pastoral na Diocese, primeiramente convida pessoas do Rio Grande do Sul como Geni Favaro e Luiz Ernesto Branbatti, popular Chico, e pessoas da Diocese, como Dalve Manoel dos Santos e Egídio. Esta equipe de agentes inicia o trabalho dando assistência pastoral aos ribeirinhos do Rio Paraná e atuam na organização dos Sem Terra da Região. Em 1983 ocorre a grande enchente do rio Paraná e a CPT direciona os trabalhos para defender as reivindicações dos flagelados e dos atingidos pela barragem de Porto Primavera, numa luta que perdurou pelos próximos 20 anos. Ao mesmo tempo, continua com a organização dos Sem Terra, motivando e assessorando na fundação dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais da Região do Bolsão. Também em 1983, o bispo convida o Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor (IAJES) de Andradina-SP para abrir uma frente de trabalho da Pastoral Social na Diocese de Três Lagoas. Transferem-se para a Diocese o casal João Carlos e Bel e, em 1985, chega a agente de pastoral Belkiss. As pessoas vindas de Andradina mantiveram a aproximação forte de seus trabalhos em Três Lagoas com a linha dos trabalhos da Pastoral Social de Andradina desenvolvida pelo IAJES e ao mesmo tempo, com laços muito estreitos com o grupo da CPT diocesana, inclusive com seus escritórios funcionando num mesmo prédio.

A CPT intensifica seus trabalhos na assessoria aos ribeirinhos, na estruturação dos sem Terra e na fundação dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais da região, com a inclusão de novos agentes nos seus quadros funcionais. Tanto a equipe da Pastoral Social como a equipe da CPT, durante os dez anos que desenvolveram suas atividades na diocese, sempre receberam o apoio da Diocese na pessoa do Bispo d. Izidoro e de alguns padres e religiosas, a ponto de estarem incluídas por um tempo como prioridade nos Planos Pastorais da Diocese. Neste período, ano de 1986, a diocese alcançou reconhecimento no estado de Mato Grosso do Sul e em âmbito nacional, como uma diocese com uma atuação pastoral muito avançada, principalmente por suas posições em defesa dos Sem Terra.

Em resposta a esta prática se inicia uma reação conservadora, inclusive via imprensa, contra os agentes e o próprio bispo d. Izidoro. A perseguição aos agentes da Pastoral da Terra, aos agentes da Pastoral Social e ao bispo diocesano era constante, chegando a agressões físicas a d. Izidoro.

Em vista de pressões, até internas da própria Diocese, contra esta linha de pastoral adotada pela Igreja de Três Lagoas, o bispo encerra os trabalhos das pastorais em 1992. Por um tempo, a CPT deixa de atuar na região, recomeçando a partir de 1995, sem vínculo nenhum com a Diocese de Três Lagoas e relacionando-se pastoralmente e juridicamente com a CPT Regional-MS. Nesta fase, os trabalhos são realizados por apenas um agente e direcionados ao acompanhamento das famílias atingidas pela barragem de Porto Primavera (oleiros, pescadores, agricultores e assalariados rurais) e com a Sub-Comissão de Investigação do Trabalho Escravo nas Carvoarias e Destilarias. Em 2000, na medida que as famílias ribeirinhas vão sendo minimamente atendidas em suas reivindicações, a CPT retoma o trabalho de acompanhamento da luta dos sem terra e de apoio na luta pela terra na região, de modo especial em Selvíria e Santa Rita do Pardo. Em Três Lagoas, participou da luta dos produtores do Cinturão Verde, na transformação da antiga área industrial em assentamento de produtores de hortifruticultura.

Fontes: Relato de Mieceslau Kudlavicz

Procedência: Sob a guarda do agente da CPT local, Mieceslau Kudlavcz, a documentação foi cedida ao Núcleo em dois momentos.

Data da Aquisição: em setembro de 2006, maio de 2007; abril de 2009 e 2017.

Conteúdo: coleções de resenhas da imprensa; jornais; relatórios; cartilhas; campanhas; projetos; questão agrária; luta pela terra; atingidos por barragens; Três Lagoas-MS; Brasilândia-MS; Castilho-SP e Andradina-SP.

Sistema de Classificação: A documentação foi agrupada por temas, respeitando a lógica originária.

Idiomas: Português-BRA

Instrumentos de pesquisa: Relação do acervo com descrição de conteúdo, identificando grupos, subgrupos, séries e subséries.

Grupos relacionados: IAJES; Partido dos Trabalhadores; Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul; Prefeitura Municipal de Três Lagoas.

Acesso e Uso: Aberto a consulta, restringindo-se nos casos em que as fontes estão se deteriorando. Para alguns documentos é permitida a reprodução no local.

Controle da descrição: Vitor Wagner Neto de Oliveira

Data da descrição: Junho de 2007.

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9 – Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Baurú e Mato Grosso do Sul

Identificação: Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul 

Código: STEFBMS

Datas – limite: 1989 a 1999.

Dimensão e suportes: 3 caixas arquivo ou 1 metro linear.

Produtores/Colecionadores: Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul

Histórico: Os trabalhadores ferroviários foram uma das primeiras categorias a se mobilizar por melhores condições de vida e trabalho em Mato Grosso. Existem registros de mobilizações já em 1910, durante a construção da linha férrea no Pantanal matogrossense e greve em 1912, durante a operação do primeiro trecho entre Bauru e Três lagoas.

Em Aquidauana, por exemplo, há indícios de organização sindical da categoria em 1919. Todavia, como sindicato único em toda a rede Noroeste, aparece na primeira metade da década de 1930 o Sindicato dos Empregados e Operários da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil.

No período ditatorial militar a denominação foi trocada para Associação Ferroviária e voltou a se denominar Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul, após a ditadura, com diretores em cidades por onde passam os trilhos.

Fontes: QUEIRÓZ, P. R. C. Uma ferrovia entre dois mundos: A E. F. Noroeste do Brasil na primeira metade do século 20. Bauru: EDUSC; Campo Grande: UFMS, 2004.

OLIVEIRA, V. W. N. de. Entre o Prata e Mato Grosso: uma viagem pelo mundo do trabalho marítimo de 1910 a1930. (Buenos Aires, Montevidéu, Assunção e Corumbá). (Tese de Doutorado em História). Campinas: IFCH/UNICAMP, 2006.

Procedência: Em meados de 2006, os graduandos do curso de história José Miguel Garnica Júnior e Igor Fernando Tim, por intermédio dos também graduandos Vitor Valentim e Alan da Silva Junqueira, procuraram o Sindicato dos Ferroviários em busca de documentos que viessem a complementar o acervo de documentação histórica do Núcleo de Documentação da UFMS. Encontraram documentos guardados em condições precárias e de má conservação que foram doados ao Núcleo pelo presidente do Sindicato, por intermédio do professor Vitor Wagner Neto de Oliveira. Após pré-seleção os documentos foram transportados para o Núcleo.

Data da Aquisição: Setembro/2006

Conteúdo:
Caixa I: contém os seguintes tipos documentais: campanha salarial 98/99; admissão e aposentadoria de funcionários da NOB; Acordo Coletivo de Trabalho; apuração de infração disciplinar; Leis Trabalhistas; Fórum Inter-sindical; Previdência Social; fotos de acidente na ferrovia. Caixa II: Circulares 1993/1996; relação de aposentadorias 1990/1993; Primeiro Congresso Nacional de Maquinistas Ferroviários; finanças; apuração de irregularidades; resoluções da diretoria; fax diversos. Caixa III: Recortes de jornais diversos/1997; impressos diversos; dossiês do acidente de Vacaria; correspondências diversas.

Sistema de Classificação: A documentação foi encontrada em uma organização própria do Sindicato, que assim foi mantida, apenas divida em três caixas. 

Idiomas: Português – BRA.

Instrumentos de pesquisa: Relação do acervo com descrição de conteúdo, identificando grupos, subgrupos, séries e subséries.

Grupos relacionados: Noroeste do Brasil; Periódicos; Barrageiros. 

Acesso e Uso: Aberto a consulta, restringindo-se nos casos em que as fontes estão se deteriorando. Para alguns documentos é permitida a reprodução no local.

Controle da descrição: Alan da Silva Junqueira, José Miguel Garnica Júnior e Vitor Wagner Neto de Oliveira.
 

Data da descrição: Junho de 2007.

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10 – Sindicato dos Trabalhadores em educação de Três Lagoas e Selviria

Identificação: Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas e Selvíria

Código: SINTED

Datas – limite: 1950 a 2006

Dimensão e suportes: São 30 caixas arquivos, contendo os seguintes subgrupos: CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, FETEMS – Federação Estadual dos Trabalhadores em Educação do Estado do Mato Grosso do Sul, SED-MS Secretaria Estadual de Educação do Mato Grosso do Sul e SED–TL Secretaria Municipal de Educação de Três Lagoas.

Produtores/Colecionadores: SINTED, CNTE, FETEMS, SED-MS e SED-TL

Histórico: A Associação Três-lagoense de Professores teve seu início, aproximadamente, em 1975, na Escola Técnica de Contabilidade. Faziam parte desse movimento não só os professores da Escola Técnica como os demais integrantes do magistério.

A luta pelo fortalecimento da associação contou com o apoio de professores da rede municipal, sendo parte fundamental da criação da Federação do Professores do Mato Grosso do Sul-FEPROSUL. A partir de então o movimento foi se fortalecendo cada vez mais, resultando no surgimento do Sindicato dos trabalhadores em Educação–SINTED.

Fontes: A partir de documento redigido por um membro do sindicato no ano de 1980.

Procedência: Os documentos ficam sob a guarda do SINTED, na rua Zuleide Perez Tabox, 386, centro de Três Lagoas.

Data da aquisição: Fevereiro de 2007.

Conteúdo: Esse acervo possui as seguintes tipologias documentais: atas, cartas, convites, circular, cartazes, convocação, diário oficial, documentos financeiros, decretos, faixas, ficha de filiação e desfiliação, diário oficial do Estado, lista de participação em eventos, ofícios recebidos e expedidos, periódicos, recibos e requerimentos. 

Idiomas: Português-BRA 

Instrumentos de pesquisa: Relação do acervo com descrição de conteúdo, identificando grupos, subgrupos, séries e subséries.

Grupos relacionados: Arquivo da palavra; Noroeste do Brasil; Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Prefeitura de Três Lagoas; Honório de Souza Carneiro; Movimento Estudantil; Sindicato dos Trabalhadoresem Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul e Barrageiros.

Acesso e Uso: Os documentos, sob a guarda do Sindicato na Rua Zuleide Perez Tabox, 386, centro de Três Lagoas, são de fácil acesso e disponibilizados para consultas, cópias e reproduções, todavia, o manuseio dos documentos está sujeitos a autorização do SINTED.

Controle da descrição: Dennis Rodrigo Damasceno Fernandes e Giani Vendramel de Oliveira.

Data da descrição: Junho de 2007.

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11 – Partido dos Trabalhadores

Identificação: Partido dos Trabalhadores

Código: PT

Datas – limite: 1986–2002

Dimensão e suportes: 2 caixas arquivo. Impressos, digitados e manuscritos.

Colecionadores: Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores em Três Lagoas

Histórico: O Partido dos Trabalhadores existe em Três Lagoas desde ao menos 1982, quando lançam candidatos pela primeira vez, ainda como diretório provisório. Neste início, seus militantes atuam, concomitantemente, nos movimentos sociais da cidade e região, especialmente ligados à Igreja Católica, como a Comissão Pastoral da Terra e o Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor. Acompanhando o contexto de retomada dos movimentos populares de base, essas organizações se tornam referência nas lutas sociais no Mato Grosso do Sul e Oeste de São Paulo, influenciando no fortalecimento do PT local. Na primeira metade da década de 1990, o PT chega a eleger vereadores, mas, diferente de outras localidades do Estado onde se verifica uma ascensão eleitoral do Partido, levando inclusive à eleição do governador, em Três Lagoas o Partido perde espaço eleitoral. Coincidindo com esse processo, a segunda metade da década de 1990 e os anos 2000, marcam, também, o declínio das atividades de base da CPT e do IAJES.

Procedência: Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores em Três lagoas 

Data da aquisição: 2006. 

Conteúdo: lista de filiados, fichas de filiados, circulares, cópias de atas de reuniões do diretório municipal, convocação para reunião, convites, recortes de imprensa, campanhas, eleições, mapas de apuração de eleições, panfletos, relatórios, finanças.

Sistema de Classificação: A documentação foi agrupada por temas, respeitando a lógica originária. 

Idiomas: Português-BRA 

Instrumentos de pesquisa: Relação do acervo com descrição de conteúdo, identificando grupos, subgrupos, séries e subséries.

Grupos relacionados: Arquivo da palavra; Noroeste do Brasil; Universidade Federal do Mato Grosso do Sul; Prefeitura de Três Lagoas; Honório de Souza Carneiro; Movimento Estudantil; Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul e Barrageiros.

Acesso e Uso: Aberto a consulta, restringindo-se nos casos em que as fontes estão se deteriorando. Para alguns documentos é permitida a reprodução no local.

Controle da descrição: Vitor Wagner Neto de Oliveira.

Data da descrição: Junho de 2007.

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12 – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Identificação: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Código: UFMS 

Datas – limite: abril de 1962 – 2006

Dimensão e suportes: 49 caixas arquivos ou 11 metros lineares, separados por subgrupos.

Produtores/Colecionadores: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Três Lagoas; Centro Acadêmico de História; Diretório Setorial dos Estudantes; Associação Docente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Histórico: A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul teve sua origem no ano de 1962, com a criação da Faculdade de Farmácia e Odontologia, na cidade de Campo Grande, a qual tornar-se-ia o embrião do ensino público superior no sul do então Estado de Mato Grosso.

No ano de 1967, o Governo do Estado criou em Corumbá o Instituto Superior de Pedagogia e, em Três Lagoas, o Instituto de Ciências Humanas e Letras, ampliando, com isso, a rede pública estadual de ensino superior.

Integrando os Institutos de Campo Grande, Corumbá e Três Lagoas, a Lei Estadual nº. 2.947, de 16 de setembro de 1969, criou a Universidade Estadual de Mato Grosso. Com a divisão do Estado de Mato Grosso, foi concretizada a federalização da instituição que passou a denominar-se Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, pela Lei Federal nº. 6.674, de 5 de julho de 1979.

O Campus Universitário de Três Lagoas-CPTL foi fundado em 1970, como Instituto Superior de Pedagogia, Instituto Isolado da Universidade de Mato Grosso. Com a criação do estado de Mato Grosso do Sul, o Campus tornou-se parte da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

O Curso de História do CPTL foi criado em abril de 1970 e implantado no 1o semestre desse ano pelo Conselho Estadual de Educação do Estado de Mato Grosso do Sul.  Desde então tem funcionado de forma regular, embora em certo período (final dos anos setenta e início dos anos oitenta) tenha sido transformado, juntamente com o Curso de Geografia, na Licenciatura curta de Estudos Sociais, e uma complementação para formação em Educação Moral e Cívica.

Atualmente o curso de História do CPTL faz parte do Departamento de Ciências Humanas, juntamente com o curso de Geografia. 

Fontes: Projeto Pedagógico do Curso de História da UFMS-CPTL.

Procedência: Administração setorial da UFMS; Diretório Setorial dos Estudantes; Centro Acadêmico de História e Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 

Data da Aquisição: Fluxo contínuo, desde a década de 1990.

Conteúdo: Subgrupo administração setorial: compreende os documentos produzidos pela UFMS unidade de Três Lagoas ou pela Administração central em Campo Grande, mas referentes a unidade de Três Lagoas: processos de implementação de cursos, resoluções, ofícios, circulares, memorandos, portarias, atas do conselho de centro, solicitações, procuração, ordem de serviço, boletim de serviço. Subgrupo curso de História: resoluções, projetos de extensão, projetos de pesquisa, ficha de controle acadêmico, ficha curricular, diários de classe, circulares, especialização em história, ofícios. Subgrupo Movimento Estudantil: atas, editais de convocação, panfletos, cartazes, informativos, notas de imprensa, projetos de extensão, eleições, eventos culturais, periódicos, liminares, estatuto DCE, regulamentação da profissão de historiador, portarias, ofícios, circulares, editais. Subgrupo Sindical: edital de convocação de assembléias, campanhas salariais, cartazes, greves, ofícios, circulares, recortes de imprensa, finanças. Subgrupo curso de Geografia: Plano de ação; Estrutura curricular (1995);Subgrupo Departamento de Ciências Humanas: Comunicações internas; correspondências; atas; ofícios boletins; planos.Subgrupo Informativos: Informativos; boletins; convites. 

Sistema de Classificação: Dividido em subgrupos temáticos. 

Idiomas: Português – BRA

Instrumentos de pesquisa: Relação do acervo com descrição de conteúdo, identificando grupos, subgrupos, séries e subséries.

Grupos relacionados: Corpo Docente de História.

Acesso e Uso: Aberto a consulta, restringindo-se nos casos em que as fontes estão se deteriorando. Para alguns documentos é permitida a reprodução no local.

Controle da descrição: Ana Laura Begnhossi, Lays Matias Mazoti, Shesman Augusto Campache, Thalita da Silva Gonçalves, Nelson Jose Chiericci Junior e Vitor Wagner Neto de Oliveira.

Data da descrição: Junho de 2007.

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13 – Corpo Docente de História

Identificação: Corpo Docente de História

Código: CDH

Datas – limite: 1914 – 2009

Dimensão e suportes: 42 caixas arquivo ou 10 metros lineares, separados por subgrupos.

Produtores/Colecionadores: Curso de História

Histórico: O grupo é composto dos acervos particulares dos professores do Curso de História, resultado da atuação acadêmica e política dos mesmos. 


Procedência:
Arquivos particulares dos professores do curso de História

Data da aquisição: De fluxo contínuo, desde a década de 1980. 

Conteúdo: Subgrupo Honório de Souza Carneiro: Os documentos reunidos são produtos do trabalho de pesquisa do professor Honório durante a realização da sua dissertação de mestrado sobre a Companhia de Agricultura, Imigração e Colonização (CAIC). As fontes fazem referência aos municípios do extremo Noroeste de São Paulo, durante o processo de colonização nos anos de 1930 e 1940, em especial sobre o núcleo colonial Paget, no atual município de Santa Fé do Sul. Alguns destes documentos foram organizados pelos alunos do professor, quando lecionava na antiga Faculdade de Ciências, Letras e Filosofia de Jales, no ano de 1972. Também constam fontes acerca da sua docência e coordenação do curso de História do Centro Universitário de Três Lagoas/UFMS. Na sua maioria trata-se de planos de aula, modelos de provas, assim como correspondências recebidas e emitidas pelo mesmo quando na coordenação, bem como trabalhos desenvolvidos de 1990 a 1997. Subgrupo Nazareth dos Reis: Jornal; recortes de jornais; revistas; cartilhas; informativos, projetos; quadros didáticos Brasil I e II, Planos de ensino; Avaliação das disciplinas; avaliação prévia; ofícios; Diário oficial (cópia); artigos de jornal (fragmentos); Pesquisas. Subgrupo Stella Maris: Fontes coletadas durante a pesquisa de mestrado; Documentos e artigos sobre Três Lagoas; Estatutos do Partido da Mobilização Nacional; Documentos políticos e textos pertinentes a Era Vargas; Documentos oficiais (xerocopiados) a respeito de Filinto Müller provindos do CPDOC-FGV; fitas K7. Subgrupo Vitor Wagner Neto de Oliveira: Revistas, resoluções; abaixo assinado; boletins; MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens); Plebiscito da dívida externa; recortes de jornais; jornal Convergência Socialista; jornal Opinião Socialista; jornal do PSTU; revistas; plebiscito da ALCA. Subgrupo Maria Celma Borges: Periódicos sobre o Movimento dos Sem Terra; Mapas de assentamentos; oficio do Presidente da República de fevereiro de 1967; jornais; reportagens (xerocopiadas) sobre o MST; Fontes MST; boletim de ocorrência (Teodoro Sampaio).

Sistema de classificação: Dividido em subgrupos temáticos.

Idiomas: Português-BRA 

Instrumentos de pesquisa: Relação do acervo com descrição de conteúdo, identificando grupos, subgrupos, séries e subséries.  

Grupos relacionados: Arquivo da Palavra, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, comissão Pastoral da Terra, Noroeste do Brasil, Prefeitura Municipal de Três Lagoas, Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul, Noroeste do Brasil. 

Publicações relacionadas:

BORGES, M. C. De pobres da terra ao Movimento Sem Terra: práticas e representações camponesas no Pontal do Paranapanema – SP. 2004. Tese (Doutorado em História).  Faculdades de Letras e Ciências Humanas. Universidade Estadual Paulista, Assis.

CARNEIRO, H. de S. A Companhia Agrícola de Imigração e Colonização (CAIC): 1928-1961. (Dissertação de mestrado) São Paulo: Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, 1986.

JORGE, Stella Maris Floresani. Filinto Müller: memória e mito (1933-1942). São Paulo, USP/FFLCH, 1993 (mestrado em História Social)

SAUL, R. A. de. O Noroeste Paulista no contexto as Frentes Pioneiras: Debates sobre sua Ocupação. In: BORGES, M. C. e ALVES, W. A. Semana de História 2005: O Ensino e a Pesquisa na Construção da História. Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2006

SAUL, R. A. de. O Processo de Colonização do Extremo Norte Ocidental Paulista: 1930 – 1940. (Monografia de graduação). CPTL/UFMS, 2007.

Acesso e Uso: Aberto a consulta, restringindo-se nos casos em que as fontes estão se deteriorando. Para alguns documentos é permitida a reprodução no local.

Controle da descrição: Juliana Bernardi Petek, Regivan Antonio de Saul, Renan Gonçalves Bressan, Thalita da Silva Gonçalves e Nelson Jose Chiericci Junior.

Data da descrição:Agosto de 2009.

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14 – Arquivo da Palavra

Identificação: Arquivo da Palavra (fontes orais e audiovisuais)

Código: AP

Datas – limite: 1984 – 2007

Dimensão e suportes: 223 fitas cassetes de 60 minutos

Produtores/Colecionadores: Dentre os produtores das fontes contidas no Arquivo da Palavra se destacam os pesquisadores Honório de Souza Carneiro e Maria Celma Borges. No entanto, diversos pesquisadores e alunos da UFMS-CPTL e de outras instituições contribuíram doando as fontes produzidas para a constituição do arquivo.

Histórico: A proposta de organização de um Arquivo da Palavra no Curso de História da UFMS, Campus de Três Lagoas, deu-se em março de 2000, com o projeto de pesquisa “Arquivo da palavra: relato das pessoas comuns”, aprovado pela PROPP. Na ocasião propunha-se a elaboração de um “arquivo da palavra”, tomando como base o trabalho com as fontes orais e utilizando-se do referencial teórico e metodológico da História Oral, particularmente das entrevistas temáticas e da história de vida. Objetivava-se coletar a fala das “pessoas comuns”, sujeitos históricos que se encontram a margem do sistema econômico e/ou social, como por exemplo: os menores carentes, os menores infratores e os moradores de rua. Foi possível a realização de entrevistas com as duas últimas categorias de sujeitos, a partir da orientação de Iniciação Científica, financiada pelo CNPq.

Este grupo documental somou-se a outras fontes produzidas no Núcleo de Documentação Histórica desde a sua fundação, a partir da iniciativa de professores do curso nos anos 1980 e 1990 destacando-se os projetos: “As origens de Três Lagoas”, realizado na segunda metade da década de 1980, e “Relatos e Memórias em Três lagoas”, de agosto de 1991 a dezembro de 1992. Outros projetos de extensão, como com os ribeirinhos de Ilha Cumprida, trabalho desenvolvido pela coordenadora do Arquivo da Palavra e pela Professora Dra. Rosemeire de Almeida, juntamente com alunos de História e de Geografia, contribuíram e vem contribuindo para o acervo do Arquivo da Palavra.

Atualmente, desenvolve-se o projeto de pesquisa, registrado na PROPP em 2004, intitulado “Entre o campo e a cidade: práticas e representações sociais nas vozes das pessoas comuns” que tem como objetivo analisar os sujeitos sociais do campo e da cidade nos municípios da região do Alto Paraná, partindo do tempo presente, com enfoque para os diversos movimentos coletivos e ações individuais que se manifestam (manifestaram) nestes espaços, e que, comumente se encontram excluídos da análise da historiografia tradicional. O projeto visa a aprender, particularmente, o modo como os homens e mulheres organizam as suas ações, por meio da compreensão de suas vozes, das práticas e representações que desenham para si, bem como para os outros na busca de melhorias para a sua condição de vida e de trabalho. As fontes orais, neste sentido, tornam-se imprescindíveis, na medida em que possibilitam compreender as diversas expressões de luta, evidenciadas em questões que expressam medos, esperanças, conquistas, perdas, elementos que se fazem cotidianos para aqueles que se contrapõem à lógica do capital.

Movimentos de organização da luta pela e na terra construídos por aqueles que se encontram acampados e assentados, às margens da economia dominante no espaço rural e urbano e mesmo daqueles que fogem aos padrões de normalidade impressos pela sociedade (loucos, prostitutas, encarcerados, etc.), podem exprimir uma outra leitura que não aquela centrada na elite.

Neste ano de 2007, podemos assinalar que vários destes objetivos já foram alcançados, na medida em que as fontes orais coletadas pela coordenadora em seu projeto de Doutorado, em 2004, foram destinadas para a composição deste acervo, com cerca de 92 fitas gravadas com militantes, dirigentes, acampados e assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na região do Pontal do Paranapanema e em outras localidades do estado de São Paulo, somando-se ainda à orientação de mestrado e às iniciações científicas, desenvolvidas sob o incentivo do CNPq ou voluntárias, as quais vem sendo realizadas desde o ano de 2000.

Procedência: As fontes contidas no Arquivo da Palavra procedem de projetos de história oral inerentes ao curso de História da UFMS-CPTL, e de alunos e demais pesquisadores que trabalham com esta metodologia. 

Data da Aquisição: Teve seu inicio no ano de 1984.

Conteúdo:
Os conteúdos que mais se destacam, até o momento, são os seguintes: questão agrária, MST, acampamento, assentamento, atividade cafeeira no Mato Grosso do Sul, origens de Três Lagoas, barrageiros, ferroviários, ribeirinhos, religiões e religiosidades.

Sistema de Classificação: As fitas, contendo as entrevistas, foram numeradas de 001 a 223 e os conteúdos discriminados em fichas de consultas.

Idiomas: Português–BRA

Instrumentos de pesquisa: Fichas descritivas contendo várias informações, dentre elas a numeração das fitas, assuntos e produtores. Parte do acervo oral está transcrita.

LISTA DE PROJETOS CADASTRADOS

Atualizado em 12/2014

Grupos relacionados: Noroeste do Brasil; IAJES; CPT; Periódicos; Arquivo Fotográfico; Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul; Barrageiros; UFMS; Honório de Souza Carneiro; Ofaié. 

Publicações relacionadas:

BORGES, M. C. De pobres da terra ao Movimento Sem Terra: práticas e representações camponesas no Pontal do Paranapanema – SP. 2004. Tese (Doutorado em História).  Faculdades de Letras e Ciências Humanas. Universidade Eotadual Paulista, Assis.

BORGES, M. C. Movimentos Sociais nos Campos do Pontal do Paranapanema: um estudo de caso da gleba Ribeirão bonito (1970-1980). 1996. Dissertação (Mestrado em História). Faculdades de Letras e Ciências Humanas. Universidade Estadual Paulista, Assis.

BORGES, M. C. Os sem terra e as fontes orais: considerações de pesquisa. In: VII Encontro de História de Mato Grosso do Sul, 2005, Campo Grande. Anais “Patrimônio Histórico e Cultural: Identidade e Poder”. Campo Grande -MS: UCDB, 2005. v. 01. p. 01-10.

BORGES, M. C. Os sem-terra no Pontal do Paranapanema-SP: marcas na terra, marcos na memória. In: XII Encontro Sul-Mato-Grossense de Geografia, 2003, Três Lagoas. XII Encontro Sul-Mato-Grossense de Geografia. Anais CD-R. Três Lagoas: UFMS, 2003. p. 526-543

BORGES, M. C. Ouvir e contar: experiência no uso das fontes orais. In: I Encontro de Letras: estudos lingüísticos e literários, 2006, Três Lagoas. Anais I Encontro de Letras: Estudos lingüísticos e literários. Três Lagoas -MS, 2006. p. 350-360

BORGES, M. C.; OLIVEIRA, V. W. N. de. (Orgs) Cultura, trabalho e memória. Campo Grande: Ed. UFMS, 2006.

BORGES, M. C.; KUDLAVICZ, Mieceslaw. Pescadores do Jupiá: homens e mulheres do rio. Curso de História do CPTL/UFMS; Comissão Pastoral da Terra. Três Lagoas-MS, 2009.

OLIVEIRA, V. W. N. de. Estrada Móvel, Fronteiras Incertas – Os Trabalhadores do Rio Paraguai (1917-1926). Campo Grande: Ed. UFMS, 2005. 

Acesso e Uso: Aberto a consulta, restringindo-se para alguns casos em que as fontes estão se deteriorando. É permitida a reprodução de transcrições e de fitas no próprio local. 

Controle da descrição: Andrey Minin Martin, Fabiano Coelho, Giani Vendramel de Oliveira, Maria Celma Borges, Mariana Quadros Gimenez e Nelson Jose Chiericci Junior.

Data da descrição: Junho de 2007

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